Sentada da minha mesa eu posso ver quatro rapazes que conversam não muito distante. Tem um que está sentado todo “largadão”. Não parece muito alto, é bem magro e tem um cabelo desleixado. Tem cara de quem fica tocando violão nas horas vagas. Ele fala alto. Dá para ouvir a voz dele daqui, só não dá para entender sobre o que conversa. Ele fala em um tom de voz, digamos, autoritário que faz ele parecer bem confiante entre os amigos. Ele ainda não deu risada. A conversa não deve estar divertida. Ele levantou e acendeu um cigarro. Agora ele parece a pessoa mais problemática do mundo. Um olhar mórbido. Um pensamento distante.
Na minha frente tem uma garota que está com mais três pessoas, fisicamente apenas. A mente dela realmente não está ali. Com um sorriso no canto da boca ela passa a mão no cabelo e olha um papel como quem olha uma fotografia da pessoa amada. Os outros três conversam e dão risada mas ela nem quer saber. Se chamada, ela rapidamente volta do mundo onde estava e responde alguma coisa. Com certeza ela está pensando em um amado.
Agora no ponto de ônibus vem chegando um menino com uma atitude típica de calouro. Veteranos não esperam o ônibus debaixo do sol. De camisa preta e rabo-de-cavalo ele deve ser do curso de design. Tem cara de desenhista. Só com um caderno na mão e mais nada, não tenho dúvida de que ele é um cara que gosta de parecer desleixado. Talvez realmente seja. Fazendo batuque na capa do caderno ele parece um pouco nervoso e deslocado. Parece alegre em estudar aqui. Está sorrindo enquanto conversa com outros.
Na minha frente tem uma garota que está com mais três pessoas, fisicamente apenas. A mente dela realmente não está ali. Com um sorriso no canto da boca ela passa a mão no cabelo e olha um papel como quem olha uma fotografia da pessoa amada. Os outros três conversam e dão risada mas ela nem quer saber. Se chamada, ela rapidamente volta do mundo onde estava e responde alguma coisa. Com certeza ela está pensando em um amado.
Agora no ponto de ônibus vem chegando um menino com uma atitude típica de calouro. Veteranos não esperam o ônibus debaixo do sol. De camisa preta e rabo-de-cavalo ele deve ser do curso de design. Tem cara de desenhista. Só com um caderno na mão e mais nada, não tenho dúvida de que ele é um cara que gosta de parecer desleixado. Talvez realmente seja. Fazendo batuque na capa do caderno ele parece um pouco nervoso e deslocado. Parece alegre em estudar aqui. Está sorrindo enquanto conversa com outros.
A melhor parte é que estava certa sobre quase tudo.
Carolina YUKITA Lago
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