R: A emoção que sentimos ao apreciar uma obra de arte está relacionada basicamente ao nosso humor, à nossa sensibilidade, à nossa cultura e costumes, à capacidade de perceber o sentimento do artista em sua obra de arte e o quanto nos identificamos com ela. Isso é chamado prazer estético. Dessa forma, concluímos que nem todas as pessoas se sentirão igualmente emocionadas ao apreciar um mesmo quadro já que somos tão diferentes uns dos outros.
02 – “A beleza não é um valor universal.” De que forma podemos explicar essa frase?
R: Uma obra de arte que consegue te emocionar de forma inesquecível pode, simplesmente, passar despercebida pela vista de outra pessoa. Quando paramos para analisar, observamos que um simples contra tempo pode mudar um ponto de vista, alterar completamente a sensibilidade perante uma obra. Não existe um padrão para o belo. O belo é aquilo que nos faz refletir durante horas na frente de um quadro que, para muitos, pode parecer bizarro, mas que você, particularmente, conseguiu captar a alma do artista posta nele.
03 – Dos movimentos artísticos que se opuseram à estética clássica, o Realismo defendia que, através da arte, as pessoas deveriam tomar conhecimento da verdade do mundo. Como o Realismo conseguiu trazer essa visão para seu tempo?
R: O Realismo conseguiu mostrar que a beleza pode estar também no desagradável e no feio. Pois a partir do momento que o observador consegue sentir o que o artista está querendo mostrar em sua obra de arte, independente de sua aparência bonita ou feia, ele o compreende e se emociona. Então, a real beleza resulta do sentimento e da sensibilidade do artista e do observador diante da obra de arte e do mundo real.
04 – Ao apreciar, emocionado, uma obra de arte, nos perguntamos o porquê daquele objeto, imagem ou música nos darem tanto prazer em contemplá-los. Algumas vezes, contemplamos a obra e só depois, em outro lugar, nos damos conta do seu significado e então ficamos emocionados. De que modo nós podemos desenvolver a nossa sensibilidade em apreciar uma obra?
R: Aos poucos, com a experiência adquirida no decorrer da vida, aprendemos a apreciar esteticamente uma obra de arte. Mudando nossos hábitos, refinando nosso olhar, nossa percepção, aprendendo a observar o que nos faz sentir em comum com o artista e o seu quadro. Com o tempo, mudamos nossos pontos de vista e aprendemos a observar pontos diferentes em cada obra.
(Carolina Yukita Lago)
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