(fragmentos)
(...) Não poderia ter sido melhor, ou pior, já não sei. Nunca sei.
Poderia ter sido qualquer um mas pareceia que ele estava querendo não lhe dar alternativas ou escolhas para tentar esquece-lo. Não que ele estivesse predominando na sua mente ou nas prioridades dos seus pensamentos mas ele estava lá. Não estava sozinho. Infelizmente. Estava em sua pior companhia. Quando o viu reconheceu na hora. Ela ainda estava bem longe (...). Procurou para onde olhar, (...)Será que ele me viu? (...) Rapidamente ela trouxe seus pensamentos de volta. Antes que ela passasse por ele, ele se meveu (porque estava parado). Saiu andando bem na frente dela a uma distância não maior que a de um metro. Parecia querer forçá-la a ve-lo. Pôde olhar bem pra ele. De costas. (...) Não lembro o que ela estava pensando durante aquela trajetória que caminharam juntos a um metro de distancia um do outro mas que pareciam quilometros. Ela resolveu ultrapassá-lo. Agora era ela quem queria ser vista. Ele ainda estava em má companhia. (...) ela fez uma pequena pausa. Foi o tempo suficiente para ele ultrapassá-la. Continuaram na mesma trajetória de um metro de distância. Ela notava que a cada curva ele a olhava como se não soubesse quem estava atrás dele e quisesse saber, só por curiosidade. Ou foi o que a sua mente queria que ela acreditasse. Não sei. Nunca sei. Dessa vez ela olhava os sapatos dele. (...) E em cada curva ele olhava um pouco pra trás, e ela, olhava pro relógio, pro chão, coçava a cabeça ou mordia os lábios. Ainda em má companhia ele virou para a esquerda. Ela continuou em outra direção. Eram diferentes. (...)
(Y.M.)